Empresa que processa produtos orgânicos de origem animal foi vistoriada por fiscais da prefeitura
Há vários dias, leitores de diferentes bairros de Vilhena ligam para o FOLHA DO SUL ON LINE, queixando-se do forte odor que atinge a cidade, e que fica pior durante a noite. A “catinga” é sentida por pessoas que dizem precisar fechar as janelas para conseguirem respirar melhor dentro de suas próprias casas.
A reportagem apurou que o mau cheiro provém de uma indústria instalada no entorno da cidade, nas proximidades do bairro Orleans, onde funcionam duas faculdades, uma delas responsável pelo curso de medicina que atrai estudantes de outros municípios para Vilhena.
A empresa atua no segmento de “graxaria”, fabricando subprodutos orgânicos de origem animal, utilizando como matéria prima sangue, ossos e vísceras. Embora seja licenciada pela Sedam (ou seja, de responsabilidade do Estado de Rondônia), a companhia foi visitada por fiscais da prefeitura de Vilhena, após várias denúncias sobre o mau cheiro.
Para justificar o problema, a indústria alegou que um dos equipamentos usados para neutralizar os odores sofreu entrada de ar e não dosou a quantidade de produtos químicos usados no processo. No pátio do estabelecimento foram encontrados vários pacotes de sangue coagulados, que são levados para processamento em Juína (MT). O material atrai moscas, além de exalar o fedor que chega a vários quilômetros de distância.
Como o próprio município não pode multar e empresa, os fiscais apenas orientaram a direção a plantar árvores, para evitar que a “fedentina” se propague, formando uma barreira natural. O caso será tratado pela Sedam, que autorizou o funcionamento da firma praticamente dentro da área urbana.
Fonte: Rondoniadinamica